Há luz no fim do túnel
Gerar energia próximo ao local de consumo é alternativa para evitar apagão generalizado.
A energia eólica é a fonte que mais cresce no mundo.
Grandes usinas hidrelétricas, em geral distantes dos seus centros de consumo, dependem de estações intermediárias de transmissão para distribuir a energia que produzem. O caso do apagão que atingiu Bahia, Alagoas, Ceará, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba mostra que a segurança no abastecimento passa por minimizar este efeito em cadeia, produzindo energia de forma descentralizada.
“Gerar energia mais perto de onde ela será consumida, o que chamamos de geração descentralizada, é a maneira mais segura de garantir que não haverá falta de eletricidade no país”, diz Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace. “Além de uma alternativa para o problema de apagões generalizados, a descentralização evita as perdas de energia que acontecem no processo de transmissão e pode garantir fornecimento a um milhão de pessoas que ainda não têm energia elétrica no Brasil”, diz.
Veja o vídeo acima.
A nova versão do relatório Revolução Energética, estudo elaborado pelo Greenpeace, em parceria com especialistas do setor e lançado no final de 2010, mostra como o Brasil pode se tornar 93% renovável nos próximos 40 anos, com investimentos em energia limpa e eficiência. Pelas projeções do relatório, 26,4% da energia que consumiremos será proveniente de solar e eólica. “O Nordeste é a região do país onde o sol e o vento podem gerar mais energia. Com todo este potencial, não faz sentido um defeito de transmissão ser capaz de cessar o abastecimento de oito estados”, conclui Baitelo.
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